"Deitei. Voltei ao meu casulo de algodão. Eu sentia falta do escuro e da felicidade que sentia ao estar entre os galhos das árvores altas ao meu redor, a me proteger e arrancar de mim todo e qualquer pensamento bobo. Era meu êxtase. Agora, eu já me esquecia de como eu era feliz, de como era estar envolvido pela incerteza ao estar lá, na minha floresta, no meu lugar. Como eu sonhava ao ser abraçado por ela... Como eu sorria ao pensar que era ali que eu sempre quisera estar, na sua escuridão. Mas, contra minha vontade, a luz do sol invadiu o meu abrigo.
Não adiantou me esconder na sombra das copas, pois não existiam mais árvores, nem fingir acreditar nas incertezas, pois estava tudo muito claro para isso. E desejei deitar no chão confortante e fazer dali o meu refúgio, mas não havia mais o chão. A minha floresta estava se transformando num oceano. Eu sentia o frio da água me machucar. Doía muito estar sem seu calor. No oceano, claro e profundo, eu sentia que nada mais ali era meu. Tudo me invadia. Eu lutava para sair, para encontrar a minha superfície, a minha floresta, mas a água me prendia. Aos poucos, o frio cortava meu coração e eu já não conseguia mais respirar.
Milhares de coisas passaram por minha mente... O que eu fizera? Onde havia errado? Por que fora tirado de mim o meu presente 'mais presente que qualquer dádiva'? Não era justo. Tentei gritar, chamar por ela, mas naquele imenso vão, nada se propagava, como nada se propagaria em meu coração frio. Se eu não fizera nada, então fora ela. Minha floresta me traíra, me expulsara de dentro dela, deixando em seu lugar esse oceano, com minhas lágrimas tentando esquentar a água, inutilmente. Então fechei os olhos e apenas parei minha luta. Desisti e afundei cada vez mais na certeza do fracasso, cada vez mais fundo no vácuo do meu coração congelado.
Ao abrir os olhos, vi ao longe seu escuro. Vi as árvores dançando com o vento. A floresta me chamava, gritava por mim. Bati meus braços, pernas... Queria logo chegar até ela, falar sobre minha saudade, falar sobre a falta que ela me fazia. Mas ao chegar em seu escuro, percebi que essa não era a minha floresta. Estava exatamente igual aos meus olhos, mas eu não podia mais sentir o seu calor, seus braços me afagando. Não era a mesma.
Não sei se fora a perda ou a tristeza de pensar que nunca mais a teria, mas eu ainda sentia meu coração vazio, frio, morto. Nunca mais sentir aquele calor, para mim, seria a pior de todas as perdas. Pensei se as árvores, os galhos e a escuridão poderiam suprir sua falta, preencher um pouco do vazio, mas eu tinha certeza que não. A água fria havia deixado respingos frios e cortantes em mim. Ou minha tristeza, ou meu orgulho, mas ali não era mais o meu lugar. Deixei a floresta, saí em passos lentos e tristes. Ao meu lado, o oceano tranquilo também me dizia adeus. O sol brilhava intenso, machucava meus olhos, mas tentava aquecer meu coração.
Eu sabia que isso custaria muito. Custaria esquecer a minha floresta, levaria de mim tudo o que mais fizera feliz a minha vida. Tudo se resumiria a pó.
Mas pela primeira vez, pedi para o sol não se pôr."
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 25 de novembro de 2008
"...e a outra metade também."
"Sabe, todos nós temos momentos em que paramos um pouco para pensar sério, sozinhos com nós mesmos, e nem venha dizer que não acontece. Hoje me peguei fazendo isso, do nada. Acordei mais cedo que o normal e estava um clima tão agradável que não me atrevi a sair da cama. Debaixo do lençol, eu queria mesmo era curtir o momento e repensar algumas coisas.
Primeiro, fechei os olhos. O que eu queria pensar? Em quem?
Não havia sido difícil. Há alguns meses, alguém vinha ocupando meus pensamentos de forma inexplicável, inesperada e tantas outras palavras que começam com IN. E eu não podia deixar de perceber que isso me assustava, mas me fazia bem. Eu estava sendo abraçado por uma floresta escura e não sabia o que encontrar lá, mas aquela escuridão parecia ser minha alegria. Estava tudo em ordem, mesmo não podendo ver o que me esperava entre as árvores, que produziam agradáveis e confortantes sons, tão belos aos meus ouvidos.
Mas vejam, chegou um momento que a escuridão para mim não era o suficiente. Eu precisava de luz, precisava de orientação, precisava ver realmente... Ainda mais, eu queria tudo isso. Queria ver a floresta ao meu redor, queria ver o que havia sido entregue a mim. Fui de encontro ao meu desejo e o abracei com força. Era linda, a floresta. Sorria para mim, me encarava por completo. Havia algo nela que me fazia desejar ser feliz. Ela me fazia querer conhecê-la mais, quase me chamava. E por que eu hesitaria? Tudo o que eu mais queria, ela vinha me oferecer.
Segundo, enrosquei meu corpo no lençol, que tentava me aquecer. Por que?
Queria sentir outra vez a proteção do abraço calmo da minha floresta. Digo 'minha' porque ela se entregou a mim (e porque, aceito, tenho graça de possessivo, de autoritário, de homem). Queria repetir minha felicidade ao saber que estava envolto ao carinho do meu desejo, que, eu sabia, me desejava também. Estava sentindo falta, sentindo pesares pela ausência de alguém que me é querido. Solitate, solitate. Me senti distante da floresta, enfim.
Terceiro, deixei duas ou três lágrimas se libertarem. Saiam!
Foi então que senti no meu coração uma suave paz. Sorri, sorri. Como eu poderia sentir distância? Como eu poderia sentir tristeza? Era ela, a floresta, ardendo dentro do meu coração. Ardia, não queria me ver tão triste assim. Afinal, ela estava na minha vida para me fazer bem, me fazer feliz, me fazer uma criança satisfeita. Me fazer o mais amado, até quando ausente em corpo e em forma. Pois, eu haveria de confessar... Minha floresta é a coisa mais presente em minha vida. Mais presente que qualquer dádiva. Um presente muito presente. E quem me olhar, sempre a encontrará em mim.
Quarto... Bem, a porta do meu quarto havia sido aberta, fui interrompido.
Percebi que eu já deveria me levantar, deixar meu casulo de algodão. Queria mesmo era expor minha felicidade, queria correr e ver a foto. A nossa foto. 'Vejam, ela existe... Minha floresta é real'. Sim, era real, é real. Nós dois, sorrindo para a lente, expondo nosso orgulho um do outro, expondo sentimentos. Eu a amo e digo sem medos. Eu já falei, ela me faz tão bem. E me abraça sempre que sinto sua falta..."
Primeiro, fechei os olhos. O que eu queria pensar? Em quem?
Não havia sido difícil. Há alguns meses, alguém vinha ocupando meus pensamentos de forma inexplicável, inesperada e tantas outras palavras que começam com IN. E eu não podia deixar de perceber que isso me assustava, mas me fazia bem. Eu estava sendo abraçado por uma floresta escura e não sabia o que encontrar lá, mas aquela escuridão parecia ser minha alegria. Estava tudo em ordem, mesmo não podendo ver o que me esperava entre as árvores, que produziam agradáveis e confortantes sons, tão belos aos meus ouvidos.
Mas vejam, chegou um momento que a escuridão para mim não era o suficiente. Eu precisava de luz, precisava de orientação, precisava ver realmente... Ainda mais, eu queria tudo isso. Queria ver a floresta ao meu redor, queria ver o que havia sido entregue a mim. Fui de encontro ao meu desejo e o abracei com força. Era linda, a floresta. Sorria para mim, me encarava por completo. Havia algo nela que me fazia desejar ser feliz. Ela me fazia querer conhecê-la mais, quase me chamava. E por que eu hesitaria? Tudo o que eu mais queria, ela vinha me oferecer.
Segundo, enrosquei meu corpo no lençol, que tentava me aquecer. Por que?
Queria sentir outra vez a proteção do abraço calmo da minha floresta. Digo 'minha' porque ela se entregou a mim (e porque, aceito, tenho graça de possessivo, de autoritário, de homem). Queria repetir minha felicidade ao saber que estava envolto ao carinho do meu desejo, que, eu sabia, me desejava também. Estava sentindo falta, sentindo pesares pela ausência de alguém que me é querido. Solitate, solitate. Me senti distante da floresta, enfim.
Terceiro, deixei duas ou três lágrimas se libertarem. Saiam!
Foi então que senti no meu coração uma suave paz. Sorri, sorri. Como eu poderia sentir distância? Como eu poderia sentir tristeza? Era ela, a floresta, ardendo dentro do meu coração. Ardia, não queria me ver tão triste assim. Afinal, ela estava na minha vida para me fazer bem, me fazer feliz, me fazer uma criança satisfeita. Me fazer o mais amado, até quando ausente em corpo e em forma. Pois, eu haveria de confessar... Minha floresta é a coisa mais presente em minha vida. Mais presente que qualquer dádiva. Um presente muito presente. E quem me olhar, sempre a encontrará em mim.
Quarto... Bem, a porta do meu quarto havia sido aberta, fui interrompido.
Percebi que eu já deveria me levantar, deixar meu casulo de algodão. Queria mesmo era expor minha felicidade, queria correr e ver a foto. A nossa foto. 'Vejam, ela existe... Minha floresta é real'. Sim, era real, é real. Nós dois, sorrindo para a lente, expondo nosso orgulho um do outro, expondo sentimentos. Eu a amo e digo sem medos. Eu já falei, ela me faz tão bem. E me abraça sempre que sinto sua falta..."
terça-feira, 21 de outubro de 2008
I want my beck back! :*
"Dia perfeito. E você? Como vai? Tudo bem?"
Oi, vocêquevaipassando.
Puta-merda, dois meses sem atualizar isso aqui. Que vergonha, que vergonha.
E bom, deu a louca vontade de atualizar e falar algo, então...
Hoje meu grau de fúria foi a mil. Sabe quando você já num aguenta mais escutar calado as coisas que alguém fala pra te atingir indiretamente? 'Ré', escutei quietinho por tempo demais, daí tive que colocar uns bastas em algumas coisas.
O que não dá é aceitar que usem suas máscaras para ferir nossa dignidade, né?
Espero que aprendam logo algumas lições, antes que eu precise ensinar (além de dar uns toques sobre como beijar... auhsduasdhuasdhus, alguns entenderam isso).
;)
Sim, olha que quinta-feira vamos pra Maceióóó (Xéca e Lally, se é assim eu tô me gabando meeesmo, aushduahdusaad). Nada melhor que ótimas companhias e um bom lugar, né? Confesso que queria que essas duas (para os desatentos, Xéca e Lally) fossem também, mas...
Ansioso, ansioso.
Weeeell, basta.
Vou aqui curtir meu status de "pós-verdinho" sem o verdinho (ênfase pro infeliz SEM) e esquecer que existe um mundo fora da minha varanda que quer me comer vivo (sem malícias,
Oi, vocêquevaipassando.
Puta-merda, dois meses sem atualizar isso aqui. Que vergonha, que vergonha.
E bom, deu a louca vontade de atualizar e falar algo, então...
Hoje meu grau de fúria foi a mil. Sabe quando você já num aguenta mais escutar calado as coisas que alguém fala pra te atingir indiretamente? 'Ré', escutei quietinho por tempo demais, daí tive que colocar uns bastas em algumas coisas.
O que não dá é aceitar que usem suas máscaras para ferir nossa dignidade, né?
Espero que aprendam logo algumas lições, antes que eu precise ensinar (além de dar uns toques sobre como beijar... auhsduasdhuasdhus, alguns entenderam isso).
;)
Sim, olha que quinta-feira vamos pra Maceióóó (Xéca e Lally, se é assim eu tô me gabando meeesmo, aushduahdusaad). Nada melhor que ótimas companhias e um bom lugar, né? Confesso que queria que essas duas (para os desatentos, Xéca e Lally) fossem também, mas...
Ansioso, ansioso.
Weeeell, basta.
Vou aqui curtir meu status de "pós-verdinho" sem o verdinho (ênfase pro infeliz SEM) e esquecer que existe um mundo fora da minha varanda que quer me comer vivo (sem malícias,
dirty-minds ^^).
Kissfôda, na verdade vou assistir Lost (e quem sabe não enfatizar o SEM, né? ;P).
Créditos à Xequinha que me inspirou hoje (ou ao menos tentou)! [hohohohoho]
Senhoras, senhores e assexuados...
Beijos, abraços e aquelas outras coisas mais aê!
"Dia errado quando não é você aqui do meu lado."
As caixinhas de som, já velhas, tocando: Attack Fantasma - Central [CORRA E BAIXE ESSA MÚSICA]
Kissfôda, na verdade vou assistir Lost (e quem sabe não enfatizar o SEM, né? ;P).
Créditos à Xequinha que me inspirou hoje (ou ao menos tentou)! [hohohohoho]
Senhoras, senhores e assexuados...
Beijos, abraços e aquelas outras coisas mais aê!
"Dia errado quando não é você aqui do meu lado."
As caixinhas de som, já velhas, tocando: Attack Fantasma - Central [CORRA E BAIXE ESSA MÚSICA]
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